segunda-feira, 30 de abril de 2007

Último mês

Estamos começando o último mês... Temos só quatro semanas pra acabar os filmes!! Brrr! Que frio na barriga.
Tudo está correndo bem, todavia. Hoje vamos gravar todos os folleys. Há uma artista, Karla, que trabalha só com isso, e ela fará todos os folleys naquele estúdio bonito que o Diego comentou. As gravações devem durar até a meia noite e pouco. Amanhã, será o início da gravação das trilhas. Vai ser bem pauleira... Ô se vai.

sábado, 28 de abril de 2007

Domingo de Pascoa e Ski

Atualizando posts antigos:

No Domingo de Pascoa fomos esquiar, com o Daniel Schorr, num parque fora de Montreal que fica perto da casa de Pierre Veilleux.

Pierre foi professor do curso da NFB que foi ministrado no Brasil nos anos 80 e é um dos fundadores do Ctav - Centro Técnico Audiovisual.

Da esquerda para direita: Daniel Schorr, Pierre Veilleux, Diego Stoliar e Jonas Brandão.

Depois de um bom lanche e algumas histórias do Workshop no Brasil resolvemos apertar nossas botas, colocar o ski nas costas e ir até um parque onde anteriormente havia uma linha de trem. Como o toda extensão da velha linha é plana o lugar se torna perfeito para esquiar. Por todo o percurso existe uma trilha na neve para que os skis não precisem abrir caminho, o que daria muito mais trabalho.

Pierre me deu umas boas aulas de como esquiar. Daniel também me ajudou bastante a aperfeiçoar minha técnica.


Dai, como sou caridoso, resolvi disseminar meu conhecimento e ensinar um pouco ao Jonas... Com muita calma e pedagogia avançada.


A natureza se mostrou um grande rival mas em nome de todos os esquiseiros que vieram antes de mim eu estava disposto a provar que a persistência vence todos os obstáculos.


Mas mesmos os mais bem preparados esportistas precisam admitir quando as ancas congelam e ficam doloridas de tanto cair.


Mas a verdade é que a neve ficou com medo da minha força de vontade e fugiu. Escondida atrás da primavera, aquela covarde. Um dia eu ei de desafia-la novamente.... Um dia!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

O final, de novo...

Hoje está sendo um dia de cão. Na reunião com os produtores, eles pediram algumas alterações para o final. De um certo modo, eu fiquei contente com o pedido, porque eu estou tendo uma oportunidade para modificar o vídeo, depois do Picture Lock. Acho que algumas coisas do filme estavam mal resolvidas, e agora eu pude modificá-las. Por outro lado, é mais correria, e eu fico um pouco envergonhado de estar mexendo em tudo de novo, porque isso significa que a Carrie tem que renderizar outro video com timecode, passar pra Beta, mandar pro Luigi... dá um trabalhão para outras pessoas... mas também, foi algo que os produtores pediram, não partiu de mim, então o peso na minha consciência diminui um pouco.

De qualquer modo, eu modifiquei o final e estou renderizando o vídeo nesse moento. Estou torcendo pra acabar logo, porque a Carrie precisa do vídeo pronto em meia hora. Caso contrário, talvez não seja possível gravar a fita, e aí o Luigi não vai receber, e aí o final vai ficar como estava. Estou renderizando... vamos ver no que vai dar...


E este render não acaba nunca...

Matéria na AWN

Eu não havia notado mas existe uma matéria na AWN sobre o Hot House.

Progress Review 3

Tivemos outro Progress Review hoje novamente... Apesar do Picture Lock ter sido na semana passada.

Fiquei bem mais tranqüilo quando David Verrall (O produtor executivo geral de animação da NFB) disse que o filme estava ótimo. Michael até brincou dizendo que eu já podia voltar pra casa (não contem isso pra minha namorada).

Consegui mostrar pra eles o filme com os efeitos de after effects e com a primeira versão da nova música do Luigi. Todos gostaram bastante da coisa toda junta, apesar de que a música ainda vai mudar um pouco... mas o clima vai ser o mesmo.

As únicas novas idéias é que poderíamos brincar mais com os números no final e que o nome poderia ser UM (em português). David prefere ONE porque dai é mais fácil linkar o nome e o conceito (muita gente não vai saber o que significa UM). Eu concordo um pouco com ele porque parece que tudo que dizemos em português parece mais legal pra eles, dai alguns acabam tendo a falsa impressão de que isso poderia ser um toque especial para o filme. Pessoalmente eu não vejo vantagens....

Jonas também parece ter tido um bom Progress Review apesar de que ele está mudando o final nesse exato momento. Eles abriram uma excessão para ele atualizar sua versão em pro da história. Mas ele só tem hoje até as 14:00 para decidir tudo.

Acho que a maioria dos Hot Housers tiveram um Progress Review positivo. Ainda estamos nos trilhos.

Workshop de Som

Luigi nos levou até o estúdio de som número 2 aonde vamos fazer todos os sons para nossos filmes.

A primeira sala que visitamos é a principal, onde são gravados a maioria dos passos e coisas que são mais genéricas ou que precisam de espaço para performance.

Essa sala principal tem uma divisão que cria uma pequena sala ao lado onde são feitos os sons mais específicos. Coisas que precisam de mais detalhes e textura. Eles colocaram peças no teto para reduzir o eco e o som do ambiente, então a sala anexa tem um som completamente diferente da sala principal, ouvimos um som bem mais fechado, seco e limpo.

A outra sala (que é mais como um armário grande) tem um monte de tranqueiras sonoras. De porta de carros a corrente de navio.

Atrás do vidro na sala principal temos o estúdio de som onde fica a mesa etc. Nenhum som vaza dessa sala para o estúdio, então falamos o tempo todo através de microfones com quem está dentro gravando.

Logo que chegamos tivemos uma boa introdução sobre Foley para animação e sobre as diferenças entre animação, documentário e ficção para os artistas de som.

Em documentário o som é gravado na hora, então basicamente eles só corrigem algumas coisas que estejam lá e que não tenham sido capturadas. Na ficção eles quase que refazem todo o som e com os sons limpos e separados o diretor pode controlar em que caixa cada som vai (para sistemas 5.1 de som etc).

Em animação funciona como ficção, só que ao invés do som precisar ser realista ele na verdade precisa se encaixar com a imagem, mesmo que não venha de uma fonte real.

Eles nos aconselharam sobre como o filme de animação se torna algo palpável logo que aplicamos o som. Como o Foley perfeito é aquele que você não percebe no filme. E como fazer sons mais complexos se configuram em um tipo de macete para tornar a coisa toda mais interessante para o público ao invés de só usarmos a "andando_de_sapato_364.wav" da biblioteca de som.

Também nos deram algumas dicas sobre como dirigir os artistas/técnicos de som. De como não vale a pena ficarmos aprendendo os termos técnicos como: "Me dê mais 3 decibéis!" etc. Que é muito melhor falarmos o que queremos em termos de história e emoção. Que devemos ficar atentos sobre como contar a história através do som. Assim podemos pedir que uma caminhada fique mais triste, mais arrastada etc.

Outra dica de direção é que existem diretores que param a gravação a todo momento para dar dicas e mudar coisas e outros que deixam a sessão acabar e fazem uma lista de modificações para próxima sessão. É importante manter em mente o tempo que você tem para usar o estúdio porque de outra forma você não vai conseguir gravar tudo que você precisa e vai acabar usando um monte de sons de bibliotecas (o que não é necessariamente ruim mas nem sempre é o ideal).

Sobre os sons de biblioteca: Muitos sons não são gravados mais hoje em dia porque já existem milhões de sons daquele tipo nas bibliotecas, como portas abrindo por exemplo.

Depois passamos para a parte divertida, fizemos sons para os filmes da Jody, James e Jonas (os trio JJJ). Luigi, James e eu fomos os preferidos da galera, dei vários arrotos para o filme da Jody mas o James conseguiu umas notas bem mais extensas do Juri na mesa de som. No fim ele foi contratado como porco oficial no meu lugar.

Fizemos também uma sessão coletiva onde todos conversavam randomicamente para o filme do James que tem uma festa no final. Fizemos em 3 níveis (conversando baixo, médio e gritando) e 2 vezes para cada nível.

Também fiz algumas vozes em português para as conversações no filme do james. Eles acham que tudo que agente fala em português é legal...Provavelmente porque eles não entendem. Sei bem o que é isso, quando a Maya fala em Turco também acho muito legal.

No fim bati mais um papo com Luigi sobre minha música, basicamente pedindo para ele ir mais longe com o experimental, pirar o cabeção mesmo.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Nome do filme e conceito musical

Bom, foi consenso geral aqui que o nome ONE se encaixa perfeitamente com o filme. Cria um link com os números e com a primeira forma de vida. Junta o fim com o começo etc. Também acho legal porque dá menos pistas sobre o significado da coisa toda aumentando novamente o conceito de ambigüidade que estou tentando trabalhar. (Além de ser meu primeiro filme sozinho).

Ao mesmo tempo esse nome torna o aspecto minimalista algo de primeira importância (nada é mais minimalista do que 1 !?) e acaba resolvendo uma preocupação gigantesca que eu tinha quanto a música.

Antes, com o nome BASIC LOVE a música teria que ser vocal, com homens e mulheres fazendo um coral etc. Mas existem vários problemas quanto ao uso de cantores. Eles são caros e precisam ser de uma união daqui, tem os direitos diferentes etc. Ou melhor, não haveriam cantores, todo o coro teria que ser obtido com o uso de sample digital de som de uma biblioteca de sons da NFB. Tudo seria digitalmente distorcido e acho que para voz isso ia ficar mesmo bem ruim, por mais que o Luigi seja bom nesse assunto.

Com a mudança do nome cai toda essa história de voz e agora vamos ter só um instrumento em toda a peça. Até mesmo o rítimo (batidas nas cordas) e os sons de foley (efeitos de movimentos dos cometas etc) vão ser gravados com esse único instrumento. No começo pensei em usar um violino mas o Luigi sugeriu o Violoncello que tem uma possibilidade maior de notas e sons, além de ser mais grandioso por ter um som mais grave e imponente. Achei perfeito. Ele ainda disse que vai arranjar uma amiga que é virtuosa no instrumento.



Ah, sim! Uma coisa que colocamos como regra foi o de manter a coisa toda entre esses quatro adjetivos:(não necessariamente nessa ordem)

.Universal: Sem pertencer a um estilo específico. Muitas vezes para ficar universal usa-se musica clássica ou eletrônica mas eu queria que fôssemos além disso mas sem se voltar para algo mais definido como música africana ou brasileira.

.Grandioso: Estamos falando sobre o universo infinito e o nascimento da vida, então a música deve puxar o filme nesse sentido. As principais referências na minha cabeça seriam koyaanisqatsi, Akira ou algo mais para Carmina Burana. Mas não acho que Luigi vai levar a coisa tão longe.

.Experimental: Definitivamente diferente. Falamos de algumas referências como Kid Koala, Lori Freedman e Steve Reich. Luigi trabalhou com Kid Koala e conhece bem seu trabalho, por isso achei uma boa idéia usar isso como referência. Parece que ele gostou da idéia.

.Emocional: Além de tudo isso ele deve ser emocional e não apenas algo experimental e sem propósito. Deve levar o filme para algo maior do que ele é apenas como imagem.

Agora estou bem mais tranqüilo quanto a música e posso continuar me preocupando com a animação. Assim que possível vou postar aqui o exemplo que ele me mandou.

Tv cultura, Workshop de Som e Pique Bandeira.

Hoje temos permissão de chegar um pouco mais tarde na NFB porque teremos um dia bem cheio.

As 13:00 a TV Cultura vai aparecer para fazer uma entrevista comigo e com o Jonas, fiquem ligados que breve deve estar pintando na programação deles.

Depois, as 18:00 temos Workshop de som: Sonoplastia, música etc. Que vai se estender até as 21:00. O que não é normal já que o expediente aqui termina as 17:00.

Eu estou bem empolgado com esse Workshop, vai ser bem instrutivo e divertido. Pelo que entendi eles vão nos ensinar a fazer, não é só teoria.

A noite vai rolar um pique bandeira no parque perto da nossa casa. Não sei se vai dar tempo de comparecermos mas vamos tentar. Temos que ir de roupa escura e que possa sujar :)

sábado, 21 de abril de 2007

Wiiiiiiiiiiiiiiiiii

Agora que já passamos bem do picture lock podemos voltar a postar normalmente novamente.

Finalmente compramos o Wii. Os dois conseguiram comprar, o que é um milagre! Aqui em Montreal deve ser o lugar no mundo onde o Wii é mais barato: c$280,00. O que deve dar uns R$550,00 sem contar com as taxas (não sei se já mencionamos isso mas aqui se paga uns 15% taxa para tudo e normalmente essa taxa não está inclusa no preço que você vê na loja).

Apesar do preço camarada e da alta procura pelo console a Nintendo está tendo vários problemas para manufaturar e entregar nas lojas. É praticamente impossível encontrar. As entregas são feitas de forma randomica, qualquer dia útil da semana e a qualquer hora. Normalmente no horário comercial, só pra dificultar um pouco mais.

A nossa sorte foi resolver passar na future shop as 20:00 de uma terça-feira. Pra nossa surpresa lá estavam os 2 últimos Wiis dos 50 que haviam 1 hora antes.

O video game é mesmo algo especial. Ainda não temos jogos muito bons. Comprei o Wario ware e tô achando meio infantil demais. Os jogos que vem com o console até agora são os mais legais. To de olho no Zelda e no Prince of Persia mas ainda não sei se vou levar mais algum daqui porque a grana tá curta.

O mais legal até agora é poder acessar a internet pelo Wii. É como se a sua TV virasse mesmo digital. O you tube funciona perfeitamente no navegador do Wii. E ainda tem jogos online feitos especialmente para o danado. Muito legal.

Agora mesmo estamos vendo um episódio dos Simpsons aqui :)

Vou ver se levo o meu Wii para a NFB segunda, para jogarmos um pouco na hora do almoço.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O dia P de Picture Lock

Hoje finalmente chegamos ao Picture Lock. O tão esperado momento onde fechamos o timing de todos os filmes. Alguns Hot Housers estão mais tranqüilos do que outros, tem gente arrancando os cabelos e tem gente dormindo :)

O meu já está bem fechado e não tive nenhum problema. Até sai mais cedo alguns dias. Deu tempo inclusive para fazer a versão final no After Effects, colocando efeitos etc. Ainda falta bastante coisa mas são basicamente detalhes como efeitos de luz, texturas, animações de fundo, correções etc.

Venho tentando jogar do lado seguro, não estou arriscando muito. Depois do Picture Lock vou tentar umas coisinhas mais arriscadas como: refazer algumas animações que possam estar meio estranhas, ir mais fundo nos detalhes etc.

Jonas está tendo alguns problemas nesse exato momento porque o ToonBoom está travando em alguns frames na hora de renderizar a versão final para o Picture Lock. Ontem ele chegou no apartamento bem tarde por causa disso e hoje ele está com um cara do suporte aqui tentando resolver o problema.

Não sei se vamos poder colocar vídeos do filme nesse ponto porque agora eles já estão bem completos e podemos ter problemas com direitos. Mas não se preocupem porque certamente logo eles estarão no site da NFB.

Um problema que estou tendo agora é sobre o nome do filme. Basic Love....hummm... Muitos não gostaram desse nome. Na verdade eu também não. Segue ai meu BRAINSTORM para o nome final:

Minimo
Inside
Inverse
Wonder
Papillion
Genesis in a Flash (hauhauhauau)
Birth
Ur-Life
Ur-Love
Atomic Numbers
Atomic Counter
Quimica Perfeita
Chemestry
Quimica
Chemistry
hypothesis
Butterfly Hipothesis
autopoiesis
One

Por enquanto são só palavras soltas, ainda não sei se alguma delas vai entrar. Se alguém tiver alguma idéia nova ou alguma idéia de como combinar essas palavras me diga! Estou aberto a idéias :)

Mais sobre o Picture Lock depois.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Picture lock! Picture lock!

Amanhã é o Picture Lock (Ihh, fu...).
Tá todo mundo ficando insano... os computadores começam a travar, o trabalho começa dar tudo errado, o almoço começa a se revirar no estômago, na mesma frequência com que o relógio da parede que todo mundo fica olhando gira. Ontem era meia noite e quase todo mundo estava aqui, trabalhando.
Eu acabei mudando algumas coisas da história do meu filme, e passei um tempo trabalhando na idéia, então dei uma atrasada na minha previsão de acabar o rascunho. Mas acabo hoje, felizmente... Amanhã é dia de cervejada, pra todo mundo.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Entrevista com a gente. :D


Semana passada, na sexta feira dia 13/04, foi ao ar uma entrevista com a gente, no programa Canadá Direto da Rádio RCI de Montreal, apresentado pelo Jornalista Hector Vilar. Ficou bem legal, vale a pena conferir! Dá pra ouvir pelo site. É só clicar no link abaixo e ir em ouvir.

http://www.rcinet.ca/rci/po/emissions/archives/archivesDetails_1427_13042007.shtml


A moça da foto aí em cima é a Torill Kove, nossa chefinha, a moça do Oscar!
Foi tirada pelo Hector Vilar e está lá no site da rádio.

Tom Jobim em Montreal

Mais uma vez procurando coisas interessantes no Youtube, achei um show inteiro do Tom Jobim em Montreal, com direito até a versão em inglês de Águas de Março:


Águas de Março:





Chega de Saudade:





Água de Beber:




Samba de uma nota só:




Felicidade:


E por aí vai. :) A música brasileira é muito famosa aqui. Várias vezes a gente ouviu João Gilberto, Jorge Benjor, Tom Jobim tocando em uma livraria ou outra, loja de discos. Teve até uma vez que tocou num supermercado. Quando você vai numa loja de discos, a música brasileira é um gênero separado. Muito bom mesmo!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Persepolis - o Filme

A quadrinhista Iraniana radicada na França, Marjane Satrapi, está trabalhando num longa metragem em animação baseado na sua obra Persepolis. Persepolis é uma autobiografia, em que narra a sua infãncia no Iran, a entrada do regime xiita no governo e a sua fuga do país, sua adolescência complicada e difícil longe dos país, na europa, o choque de culturas, sua volta ao Iran... Apesar do tema ser bem chocante e triste, Marjane Satrapi tem um estilo narrativo bastante divertido e criativo.

O longa metragem, segundo a própria Marjane, deve ficar pronto no final de maio, data em que estaremos voltando para o Brasil. Ela criou um blog para ir divulgando o longa, e colocando novidades. É bem legal! O único porém em francês. Mas dá pra assistir aos vídeos, que mostram o processo de construção do filme, e alguns trechinhos. É praticamente uma aula de animação!






http://www.myspace.com/persepolislefilm


Ela também tem um blog menos imagético, em inglês:

http://www.marjane-satrapi.com/


Persepolis está sendo publicado no Brasil pela Companhia das Letras, em quatro volumes. O quarto volume deve sair no Brasil em breve. Vale muito a pena comprar, é um trabalho muito bacana.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Balloon - Decisões

Semana passada eu me decidi a respeito do conteúdo dos balões. A princípio, eu tinha pensado em utilizar colagens. Porém, estava incerto a respeito do visual que isso teria e de como as colagens iriam se comportar, então eu testei, pra ver. Eu gosto do resultado final, e tenho o apoio da Maral, Torill e Luigi. Acho que fica com uma cara interessante, diferente.

Como uma outra opção, havia imaginado utilizar algumas texturas, feitas com tinta. Seria como se fossem umas linhas vibrantes, que iriam ficar zig zag, e outras formas, dando uma aparência de textura, de TV fora de estação, etc e tal. Algo mais abstrato. Mas era uma opção que eu gostava menos.

Acabei fechando nas colagens mesmo!

Aí vai um videozinho da cara da coisa, mais ou menos. Pra todo mundo que estava reclamando que eu não estava colocando vídeo do que eu estou fazendo. Hehe!




Agora estou trabalhando no final do vídeo, que é algo que todos querem saber como eu vou resolver. Vamos ver. :)

sábado, 7 de abril de 2007

Picture Lock está chegando...

Semana que vem, na terça, tem outro Progress Review. É o último Progress Review antes do Picture Lock, que deve acontecer no dia 20.

O Progress Review é uma reunião com os produtores (Maral Mohammadian, Michael Fukushima e David Verrall), a mentora (Torill Kove) e o especialista em efeitos visuais (Randall Finnerty), em que eles avaliam o andamento do teu projeto e te questionam para uma série de coisas que até então estão mal explicadas ou desenvolvidas.

O Picture Lock é uma reunião demonstrativa, ou apenas uma data (ainda não sabemos) do teu filme, quando todo o planejamento da sua animação está finalmente fechado. Ou seja, após essa data, o tempo das ações e do teu filme, principalmente, não será modificado, e é preciso deixar claro quais elementos visuais irão aparecer (Vai ter pássaros no céu? Vai ter carros passando atrás da tua ação?), em quais momentos e qual a duração desses elementos visuais. Após o Picture Lock, você não pode mudar nada significativo, principalmente em relação ao tempo.

A tua animação não precisa estar pronta para o Picture Lock. Mas você precisa ter um animatic bem desenvolvido, com todos os pingos nos i`s, porque esse vídeo que você exibe vai pra equipe de som, que no nosso caso é o Luigi Allemano, para que o trabalho de sonorização e composição da trilha comece. O editor de som vai trabalhando em cima do seu vídeo rascunhoso, ao passo que você continua animando e afinando o teu vídeo. É aí que tudo do teu vídeo tem que estar definido, o que é uma grande responsabilidade. Está todo mundo meio tenso aqui...



No meu caso, eu estou preparando uma versão do vídeo mais grosseira, mas animada, para apresentar no picture lock. Como todos, quero deixar a minha animação o mais completa possível para essa fase. O que eu estou fazendo está bem bruto, bem animação de recortes. Vai ficar faltando um monte de coisas, que eu vou me preocupar depois, como por exemplo animar os objetos que vão dentro dos balões de fala, melhor as expressões, adicionar mais coisas às animações. Uma vez com o filme animado grosseiramente, é só eu ir afinando e trocando alguns desenhos. Acho que dá pra eu acabar a animação propriamente dita um mês antes do prazo, o que é muito bom! :D

Este é o meu objetivo agora. E quero ver se consigo fazer isso até terça, pra mostrar no Progress Review. Não falta muito...

Cotton Eye John Weldon

Enquanto eu não passo os vídeos que fiz na festa para web vocês podem curtir uma versão de Cotton Eye Joe no you tube, dá pra sentir bem o clima da festa que bombou de Blue Grass e Folk music. Muitos banjos, bandolins e violinos completaram as duas rodas de cantoria dentro da casa.

Ficou muito lotada de animadores. Conheci a Janet Pearlman (Bully Dance), o próprio John Weldon que tem vários filmes bons de animação (provavelmente veremos na próxima semana) e um dos professores do workshop da NFB de 1986. Jonas conheceu o cara que fez a música para o Father and Daughter... muito legal.

Comi demais! e tivemos que voltar de taxi porque o metro já havia fechado. Parece que aqui a festa é como os 'pagode com churrasco' no Brasil, mas com menos pessoas rebolando.

Qualquer semelhança entre a musica folk e a quadrilha nordestina não é mera conhecidência. Existe toda aquela história do Forró ter vindo do "For All" por influência dos norte americanos etc.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Festa no John Weldon

Amanhã a noite, a partir das 4 da tarde, começa a grande festa anual do John Weldon. John Weldon é um animador das antigas aqui da NFB. Ganhou um oscar de melhor curta de animação pelo seu filme Special Delivery, em 1978.

Segundo todos dizem por aqui, a festa anual do John Weldon é o maior evento da animação no Canadá. Churrasquinho e cervejinha, com todos os animadores do Canadá, e de outros lugares do mundo. Rumores dizem até que Michel Ocelot estará lá. :)

Ou seja, pra quebrar essa neve que está caindo, cerveja gelada, linguiça na brasa, animadores bêbados, coisa e tal.

Semana que vem, na terça, tem outro Progress Review. É o último Progress Review antes do Picture Lock, que deve acontecer no dia 20.

O Progress Review é uma reunião com os produtores (Maral Mohammadian, Michael Fukushima e David Verrall), a mentora (Torill Kove) e o especialista em efeitos visuais (Randall Finnerty), em que eles avaliam o andamento do teu projeto e te questionam para uma série de coisas que até então estão mal explicadas ou desenvolvidas.

O Picture Lock é uma reunião demonstrativa, ou apenas uma data (ainda não sabemos) do teu filme, quando todo o planejamento da sua animação está finalmente fechado. Ou seja, após essa data, o tempo das ações e do teu filme, principalmente, não será modificado, e é preciso deixar claro quais elementos visuais irão aparecer (Vai ter pássaros no céu? Vai ter carros passando atrás da tua ação?), em quais momentos e qual a duração desses elementos visuais. Após o Picture Lock, você não pode mudar nada significativo, principalmente em relação ao tempo.

A tua animação não precisa estar pronta para o Picture Lock. Mas você precisa ter um animatic bem desenvolvido, com todos os pingos nos i`s, porque esse vídeo que você exibe vai pra equipe de som, que no nosso caso é o Luigi Allemano, para que o trabalho de sonorização e composição da trilha comece. O editor de som vai trabalhando em cima do seu vídeo rascunhoso, ao passo que você continua animando e afinando o teu vídeo.

No meu caso, eu estou preparando uma animação mais grosseira, mas animada, para apresentar no picture lock. Como todos, quero deixar a minha animação o mais completa possível para essa fase. O que eu estou fazendo está bem bruto. Vai ficar faltando um monte de coisas, que eu vou me preocupar depois, como por exemplo animar os objetos que vão dentro dos balões de fala, melhor as expressões, adicionar mais coisas às animações. Mas quero ter todo o filme animado, ainda que dessa maneira mais grosseira, para o picture lock. E quero ver se consigo fazer isso até terça, pra mostrar no Progress Review. Não falta muito...

Animações que você tem que ver!

Inaugurando a sessão "Animações que você tem que ver!"!
Começando pelos clássicos. Desenhos da UPA.

A UPA (United Production of America) surgiu em meados da década de 50, a partir da união de alguns artistas que romperam com a Disney, depois da greve de 41 no estúdio. Suas produções inauguraram o início da animação moderna nos EUA, quebrando com a busca pelo realismo de Disney, utilizando um estilo de arte mais estilizado, inspirados por alguns ilustradores da época, quebrando perspectiva, abusando do uso de cores chapadas, e as vezes texturas, brincando com as formas gráficas, simplificando o estilo de animação e reaproveitando desenhos. Eu gosto muito das animações dessa fase, são muito bonitas e criativas. A UPA influenciou Hanna-Barbera e todas as gerações de animadores que vieram depois. A influência é visível até hoje, nos desenhos do Cartoon Network e cia.

É da UPA os saudosos Mr. Magoo e Gerald McBoing Boing. E é com ele que eu começo a minha seleção. Seguem aí três filmes que eu gosto muito, e que representam bem o período e o que foi a empresa.

Gerald McBoing-Boing



Unicorn in the Garden



Christopher Crumpet



A UPA acabou terminando porque, como tudo nos Estados Unidos é realmente "democrático", a empresa foi tachada de organização comunista, por conta da suspeita sobre muitos artistas. Pouco a pouco a coisa foi ficando insustentável, e a Columbia Pictures, que havia injetado muitos recursos na empresa, foi retirando seus investimentos e logo as pessoas foram abandonando a companhia... E aí foi o que ninguém gostaria que tivesse sido.

Conhecemos a Sandee

Sandee: Stereo Animation Drawing Device.

É uma forma de desenhar e mostrar animações em 3 dimensões. Eles usam dois projetores, cada um com um filtro stereoscópico na frente da lente. O filtro stereoscópico funciona permitindo que a onda de luz só passe em uma direção, bloqueando todas as outras direções de ondas que saem das lentes dos projetores. Cada projetor então passa a mostrar apenas uma direção de onda. Um projetor mostra a imagem que deve ser vista pelo olho esquerdo e a outra mostra a que deve ser vista pelo olho direito, cada uma com uma direção de onda de luz específica.

Dai nós usamos óculos stereoscópicos que também bloqueiam a passagem das ondas. Assim o olho direto só vê a onda que o projetor 'direito' está mostrando e o mesmo acontece para o esquerdo.

Não é tão fácil montar uma sala de projeção (para pessoas normais). É necessário uma tela de prata, projetores de alta qualidade e o software que toca os dois vídeos ao mesmo tempo (além das películas stereoscópicas e dos óculos), mas também não é tão caro assim (para empresas é uma pechincha). É mais barato que alguns sistemas de home teather aqui do Canadá. E cada óculos custa apenas 1 dollar canadense. Bem mais baratos do que a outra tecnologia usada para imagens 3d que tem óculos eletrônicos.

É possível preparar animações feitas em qualquer software 3D para a Sandee (renderizando tudo com duas câmeras). Assim como também é possível gravar vídeos live action ou stopmotion com duas câmeras. Os únicos que ficam de fora são os animadores 2D, esses tem mesmo que desenhar no equipamento da Sandee.

O software no qual se desenha o 2D no espaço renderiza a animação tridimensionalmente em tempo real. Ele também tem interpolação automática e captura de movimentos. Desenhamos com pistolas virtuais, que parecem aqueles controles comuns de autorama. Cada pistola tem um reconhecimento espacial (como um controle de Wii) e um gatilho para gravar a pressão do traço.

Eu dei várias espiadas com e sem os óculos 3D para tentar compreender como o efeito funciona na prática e o que me pareceu é que, quanto mais próximas as imagens dos projetores aparecerem na tela, mais nítida a imagem 3D fica para nós e assim eles representam o que está em primeiro plano ou no foco da visão. Uma animação que tenha que estar distante então, acontecendo no último plano, além de aparecer menor na tela e por trás de tudo, vai também ter imagens mais separadas sendo mostradas pelos dois projetores. Ai é que está a dificuldade do efeito tridimensional e a impossibilidade de converter um filme originalmente feito em 2D para exibição stereoscópica.... Muito técnico né!? Mas não é tão difícil de entender com imagens.

Abaixo você pode ver alguns links para filmes feitos no sistema da Sandee ou transcritos para o sistema:
Falling in love
Moon Man
June

CTV news

Ontem saimos na tv local aqui de Montreal (CTV cfcf às 18:50 do dia 4/4/2007). A entrevista foi comigo, Jonas, Carla e eu acho que o Dale também falou um pouco. Não conseguimos ver na TV porque ficamos aqui na NFB até tarde. Também não consegui achar no site da CTV mas acho que essa foi a primeira vez que não gaguejei...tanto....

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Blog do Neil Gaiman

Um amigo meu me passou o endereço do Blog do escritor britânico Neil Gaiman. Gaiman é um fenômeno literáreo recente de vendas de livros no mundo todo, e importante roteirista de quadrinhos, autor de títulos famosos como Sandman e Livros da Magia, publicados pelo selo Vertigo da DC Comics. Eu gosto muito de seus títulos, particularmente esses dois citados, pois Gaiman e seus excelentes artistas conseguem criar uma poesia rara, fantasiosa e mórbida, que muito me agrada, além de uma riqueza visual, falando em diagramação, estilo e enquadramento. Um dos artistas que trabalham com Neil Gaiman e a sua maior parceria desde sempre, que transita entre quadrinhos, literatura e cinema, é o artista Dave Mckean, o qual é um dos artistas que eu mais admiro e me inspiro.

Recentemente, Neil Gaiman colocou alguns curtas bem legais em seu Blog, que seu amigo Dave Mckean lhe mostrou. Um deles, e o que mais gostei, é um filme chamado "Papillion D`amour", dirigido por Nicolas Provost, que é uma viagem com música e imagem espelhadas do filme Rashomon, do Akira Kurosawa. O Rashomon é um filme cheio de enquadramentos simétricos, muito bonito, e Nicolas Provost conseguiu criar uma coisa nova, bem sensível, poética e misteriosa, sobre ele.




Ele também, no mesmo post, colocou o filme Tyger, na íntegra. Tyger é um filme feito no Brasil, pela Trattoria, sob direção de Guilherme Marcondes, que está papando um monte de festivais pelo mundo. O filme merece, é excelente!




Por fim, ele também colocou o Rabbit, que é um filme que eu vi no Animamundi. Excelente. E sinistro.



Eu acabei colocando todos os vídeos aqui, mas quem quiser entrar no blog do Neil Gaiman e conferir lá, aí está o endereço.

www.neilgaiman.com



Pra finalizar, um curta do Dave Mckean que eu gosto bastante. Chama-se "The week Before"

Papo interessante com Paul Driessen

Hoje no almoço batemos um papo com Paul Driessen. Nossa, como ele tem história para contar.

Primeiro ele já produziu tantos filmes que já perdeu a conta. Na sua maioria foram curtas de arte. Ele só trabalhou em dois longas. Um foi temporário, só por alguns meses e o outro foi simplesmente o Yellow Submarine dos Beatles no qual ele trabalhou por 11 meses.

A história do Yellow Submarine é que os Beatles tinham um contrato de 3 filmes para fazer com uma grande distribuidora. Eles fizeram Help e A Hard Days Night. Mas, no último filme eles queriam ir para Índia e não estavam muito a fim de ficar para as gravações. O produtor resolveu dar uma folga para os garotos e disse:'Na verdade só precisamos das suas músicas'. Dai surgiu toda a idéia do filme em animação.

Paul chega a mencionar que ele mesmo não acha o Yellow Submarine um ótimo filme. São apenas boas idéias conectadas pelas músicas. A arte é ótimas mas.... Ele diz que o roteiro foi feito em uma noite. Depois ele foi refinado mas é bem próximo do que foi concebido na primeira tentativa.

Outra curiosidade é que naquela época eles não tinham deadline. Eles animavam no tempo em que as idéias surgiam. Muitos problemas aconteceram durante a produção do filme, muitas histórias e tal mas ele disse que os animadores não sabiam de nada, eles só entregavam a animação. Numa retrospectiva em Los Angeles todos perguntavam muito sobre todos esses segredos e Paul teve que ler um livro para ficar por dentro :)

Ele começou a animar na Holanda um pouco antes do Yellow Submarine fazendo comerciais para TV. Segundo ele naquela época o próprio animador tinha a idéia para o comercial e normalmente era aprovada na hora. Você basicamente fazia o que queria!

O diretor do Yellow Submarine foi treinado na NFB, com Normam Mclaren etc. Ele apresentou a Paul as produções da NFB que ficou bastante impressionado. A partir dai ele passou a se esforçar para vir para o Canadá e trabalhar aqui etc.

Apesar de tudo Paul nunca quis ser um diretor da equipe da NFB, sempre preferiu ficar como freelancer e separar suas produções entre a Holanda e o Canadá.

Abaixo você pode ver o filme The Killing of an Egg.

Cartoon Brew

Agora já posso morrer em paz.
Hot House no Cartoon Brew.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Gerador de animações aleatórias em Flash


http://presstube.com/projects.php



Esse site é do amigo de um dos rapazes que está participando do Hothouse conosco aqui na NFB. Esse cara trabalha com Flash e mora em Montreal, e segundo esse meu amigo, James, ele é um gênio matemático... o cara criou umas funções no Flash pra gerar desenhos e animações randômicas, baseadas em alguns padrões que o autor define. Em outras palavras, o computador cria todos os desenhos e animações e morphings sozinho, e essas animações têm tantas variáveis que pode ser que essas imagens nunca se repitam.

Parece que quando ele tinha 17 anos a Bjork encomendou um site pra um dos discos dela, e ele fez um trabalho bem legal, que tá lá nesse site. Eu não faço idéia de como o cara consegue gerar todas essas imagens...

Dois exemplos disso tudo que estou falando:

http://presstube.com/project.php?id=229

http://presstube.com/project.php?id=218 (Dá pra baixar um screensaver desse. Eu o tenho usado aqui na NFB)



OBS: Nem todas as animações ali são frutos dessas funções que ele desenvolveu. Mas mesmo assim, são muito legais de ver.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Jaques Bensimon chega à ABPI-TV como consultor internacional

Com 40 anos de experiência no mercado audiovisual, Jaques Bensimon, ex- presidente do National Film Board do Canadá, foi contratado para ser o consultor internacional da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPI-TV). Com a atribuição de orientar a associação no mercado internacional, Bensimon sugere que antes mesmo de pensar em estratégias para o mercado externo, a ABPI-TV precisa estar “em ordem” nacionalmente.
“O mercado brasileiro é muito complexo e o primeiro objetivo a ser concretizado é criar uma massa crítica de talentos, pessoas e fundos para a produção”, diz.
Segundo o consultor, os primeiros passos a serem dados são: o desenvolvimento de uma estratégia concreta, a contratação de pessoas para trabalhar no projeto, e a capacidade de responder às necessidades do mercado.
Bensimon tem um plano de cinco anos junto à associação. Nesse período, o objetivo é tornar a ABPI-TV em um player estruturado no Brasil e internacionalmente. “Vamos rastrear tudo o que aconteceu para chegar ao momento atual”, diz. Ele sugere ainda que o real impacto da realização deste plano deverá ser sentido com mais intensidade no próximo outono.

Mercado internacional

Quando o assunto é estratégia internacional, ele diz que é necessário prospectar quais são os países e os players mais interessantes e desenvolver uma estratégia multilateral. Entre os países que podem ser interessantes parceiros de negócios para o Brasil, ele destacou o Canadá, os países asiáticos, os europeus, os países do oriente médio e os Estados Unidos. “O mercado norte-americano é ‘impenetrável’. Temos que entrar no mercado deles, seja por TV a cabo, empresas de telefonia ou pelo mercado de língua hispânica”, afirma.
Ele lembra ainda que embora a imagem do país no exterior seja boa quando o assunto é música e cinema, no caso da televisão isso ainda não acontece.
Na opinião do consultor, o país tem de impactar em produções para a televisão e nas novas plataformas. “Estou aqui para ajudar a ABPI a entender o mercado e não cometer os mesmos erros já cometidos no passado”, conclui.


Daniele Frederico - TELA VIVA News - 30/03/2007, 17h28

Teste na ilha Online

Aqui na NFB temos duas ilhas para edição dos curtas, além é claro da edição inicial que fazemos ao criarmos o filme. Uma é a ilha Offline onde vamos usar o Final Cut Pro ao lado de um editor profissional e vamos ajustar a decupagem do filme. Dar um ajuste mais finos, tirar ou atrasar tempo etc.

Depois, mais para o final temos a ilha Online. A ilha Online é que é o bicho. Lá cada segundo vale ouro pois o equipamento é carríssimo. Temos que agendar a visita com bastante antecedência porque não existem muitas ilhas Online e todos os filmes (live action ou animação) tem que passar por lá.

Na ilha Online o editor vai corrigir todos os possíveis erros e detalhes para todas as múltiplas versões do filme, desde da versão para o cinema, até a do DVD e da internet. Aplicar compressores, formatos, correção de cores etc.

Para não chegarmos na ilha Online com uma mão na frente e outra atrás, cheios de problemas para resolver vamos ter uma sessão na segunda para verificar se está tudo ok. Se o caminho que estamos tomando até agora é o certo e como ficará nosso filme no final se seguirmos por ele.

Nessa sessão certamente vamos dar maior atenção para o problema das cores. No cinema temos uma gama de cores maior do que no computador, no computador maior que na TV e assim por diante. Sendo assim temos que saber como as cores que estamos produzindo no computador vão se comportar na tela da TV, no cinema, no DVD etc. Adicionalmente já dá para testar também como o timing da animação vai se comportar na web e no DVD. Como as compressões vão afetar a qualidade da imagem etc.

Hoje fomos a NFB para terminarmos de preparar o arquivo para apresentar amanhã. Segue o meu teste. Os números estão bagunçados mesmo e no fim tem um still com a arte original da proposta. Dei uma caprichada nos vermelhos e na saturação geral para discutir logo na ilha até onde eu vou poder ir.



Ainda não é nada final mas acho que já está tomando forma.

domingo, 1 de abril de 2007

Albúm de Fotos