Estamos quase confirmados para dar uma mesa sobre Intercâmbio com o Canadá no evento que acontecerá nos dias nos dias 26, 27 e 28 de Julho na cidade de Salvador na Bahia.
O envento é realizado pelo CTAV/SAV/MINC em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Arnaldo Galvão me convidou para participar do documentário de 90 anos sobre animação no Brasil. Convite que me deixou extremamente lisonjeado. Vou estar gravando em breve uma entrevista, talvez até no CCBB durante o Anima Mundi.
A idéia de fazer um documentário sobre isso é ótima para nossa profissão aqui e no exterior. São tão poucas as formas de divulgação que a animação brasileira tem lá fora....e sinceramente, acho que não perdemos em nada em termos de criatividade e qualidade para o gringos... acho que as vezes só em termos de seriedade e profissionalismo em alguns casos. Mas isso é compreensível já que o nosso mercado não dá tanto dinheiro quanto o deles ainda.
Tá bom, já que falei isso vou me explicar. Lá fora, por exemplo, o que vi foi que o desenvolvimento (roteiro, idéias, decupagem, narrativa) são levados muito mais a sério do que aqui. Na NFB por exemplo tínhamos reuniões sobre conteúdo onde o produtor executivo (além de toda a equipe) sentava e falava da sua compreensão da história. E se tivesse ruim você ia se arrepender mesmo porque eles não iam ter papas na língua. Mas isso não era exclusividade da NFB, assistimos várias exibições de filmes por lá (muitos deles vão passar pelo animamundi) e a grande maioria se preocupa mesmo com o que está sendo dito.
Já aqui, temos muita gente maravilhosa e talentosa. Mas como não se tem tempo e nem dinheiro, na maioria das vezes, algumas fases da produção são 'puladas'. E a de conteúdo, muitas vezes, é a primeira a ir.
Outro problema é que o normal é só se pensar em termos de Brasil, quando a maior parte das coisas que existem estão lá fora. Tem muita gente que faz o seu filme apenas para o Anima Mundi, e quando o filme não entra o sujeito fica nervoso e quer descontar na seleção do festival. Mas e o resto do mundo: Annecy, Hiroshima e Ottawa. Pouca visão internacional é um problema sério. É preciso que tenhamos mais contato com o que acontece no resto do mundo para que possamos dialogar culturalmente......desculpem ai o desabafo! E é claro que isso não é regra. Tem uma boa parte aqui no Brasil que é ultra-profissional e competente.
Acho a idéia de se fazer um documentário perfeita para mostrar o que acontece aqui (para os brasileiros e lá fora, para o mundo). Senti que existe muita curiosidade sobre animação brasileira, artistas e ilustradores, produtoras de vídeo etc. Eles querem saber o que estamos fazendo, agora só falta a gente querer mostrar.
Parabéns Arnaldo, pela iniciativa.
"NFB - BRASIL
Dois jovens animadores brasileiros acabam de retornar de uma temporada no maior centro de produção, pesquisa e experimentação da animação mundial, o National Film Board of Canada. Diego Stoliar e Jonas Brandão vão expor ao público do Anima Mundi a sua experiência no programa HOT HOUSE 4 – um estágio de 3 meses antes aberto apenas a animadores canadenses e europeus, que pela primeira vez abriu suas portas para o Brasil.
RIO DE JANEIRO
04 de julho às 16h30
Local: Auditório CCBB"
http://www.animamundi.com.br/fest_mat.asp?cod=63
No dia 4 de julho daremos uma palestra no Anima Mundi Rio sobre o Hot House. Jonas está vendo ainda como ele vai fazer para vir para o Rio. Marcos vai sentar com a gente na mesa e possivelmente o Daniel Schorr, se ele conseguir vir para o festival.
Essa palestra já é uma previa para o Workshop que daremos na seqüência no Ctav. Ainda não temos detalhes mas parece que vai ser coisa de 10 dias de curso.
Mais notícias a seguir.
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