sábado, 5 de maio de 2007

Free Comic Book Day

Ficar em casa é tão bom, dá tempo de colocar todos os posts em dia.... :)

Uma coisa que esqueci de dizer é que hoje é tudo FREE no mundo dos quadrinhos. Um bocado de Lojas vão estar dando exemplares específicos de graça (Ok, então não é tuuuudo de graça).

Confira tudo no site oficial do Free Comic Book Day.

Imax e as 300 aranhas

Hoje vamos ao cinema ver Homem Aranha 3 no Imax.

Pra quem não conhece o cinema Imax é o que há de maior e 'melhor' em termos de sala de cinema. A tela é gigante, o som é de primeira, cheio de nove horas e a película é de 70mm (a de um filme normal é de 35mm).

Mas todo esse poder de fogo é como uma armadilha. Uma faca de 2 gumes.

"Do que você está falando cara!? Se tá viajaaaaannnndo... É Imax, é fodasso".....humm, vejamos na prática:

Umas semanas atrás fomos pela primeira vez ao Imax ver o '300 de Sparta' mas a decepção foi tão grande que eu nem postei nada sobre isso.


(Impressionante como nessa telinha pequena a sensação é outra!)

Primeiro que o roteiro é chato e bobo até dizer chega. Tem uma certa mensagem de obediência cega ao comando militar, nacionalismo etc.... Também rola uma questão sexual tipo homofobia e exploração da mulher. Como se não bastasse, os diálogos são regados daquelas frases Hollywoodianas que eu odeio...sem mais comentários sobre isso... Minha sensação é que eu podia pensar mais sobre todas as questões levantadas no filme e fazer uma boa crítica mas não vale mesmo a pena, a coisa toda foi muito mal feita para perder tempo com isso.

Sobre os efeitos: Alguns são até bem legais mas outros são toscos. Não sei se os detalhes aparecem na tela de 35mm mas na de 70mm!? Nossa, dá pra ver até o recorte mal feito nas cabeças cortadas.

Nem a maquiagem me agradou muito. Pode ser até que ele seja indicado para Oscar por isso já que todos os atores usavam 2 quilos de tinta mas não achei nada inovador (ou se quer ajudando a história.... se é que esse milagre era possível). Até o spartano corcunda que deveria ser um show de efeitos (tipo um Gollum) não passou de uma fantasia de espuma.

"Mas os cenários são foda né!?"... De novo a armadilha: Na tela de 35mm talvez mas na de 70mm quase exergavamos a compressão da imagem. Tinha aquela sensação de compressão mas com um gaussian blur por cima (técnica comum usada para esconder imperfeições). Eu procuro não prestar atenção nesse tipo de coisa da primeira vez que vejo um filme mas tava muito na cara. Algumas cenas se salvavam!

É verdade também o que já disseram: Espadas cortam cabeças e saem limpinhas, todas as vezes. A única coisa que achei decente é que o sangue é todo digital e assume uma linguagem irreal, de quadrinhos...mas foi só isso.

Até os créditos que são todos em animação não me convenceram. Além de mal animados os fundos pareciam ter sido feitos com imagens de internet...tipo gif (nem se deram ao trabalho de pegar um JPEG).

Isso é meio chato porque eu me interesso bastante por esse tipo de cinema "virtual" mas acho que o roteiro fraco é que me colocou contra o filme.

O Homem Aranha 3 não parece melhor que isso. Já disseram que a história fede. Que os caras encheram de vilões e subplots e que chega um ponto onde você não se importa mais com nada. Comentaram também que os efeitos são dos mais baratos (principalmente o Homem-Areia). Mesmo assim vai valer a pena ir ao cinema porque conseguimos combinar com boa parte da galera para irmos juntos.



O engraçado é que eu gostei dos outros 2 (Dá pra ver que não sou tão exigente assim). É bom ter uma expectativa mais baixa para o terceiro... Na verdade eu tô esperando uma baita bomba...tipo aquelas do Duende Verde que transforma todos os espectadores em esqueletos.

Isso me lembra mais uma vez que: Cinema é expectativa.

Music Mix

No vídeo abaixo dá para ter uma boa noção de como ficou o mix da música para o meu filme.
Claro que essa versão ai foi no começo da sessão. Bastante coisa mudou mas foram mais detalhes e correções. O grosso é isso ai mesmo.



O próximo passo é a edição de som onde vamos pegar o Foley (efeitos sonoros) e editar junto com essa música mixada para ter as tracks finais de audio.

Com essas tracks é que vamos para o Mix Final que é o último passo de som onde sentamos num cinema de verdade com o nosso filme na tela grande e escolhemos em que caixa cada som vai...quando chegarmos nesse passo falo mais sobre isso.

Voltando ao Mix o que fizemos basicamente foi escolher entre as tracks gravadas quais são as melhores para usar e aonde. Assim fomos montando layer a layer toda a música. Para isso a gravação foi feita em vários passos (ex: um para a base de acompanhamento, um para melodia, um para os efeitos, um para o ritmo etc)

Como todos os sons do meu filme vieram de um mesmo instrumento (por causa do conceito ONE, minimalista etc) só precisamos que 1 músico tocasse a cada passo.

Apesar de toda performance ter sido cuidadosamente escrita em partitura tivemos que corrigir várias coisinhas. Parece besteira mas cada toque que o músico dá no instrumento na gravação cria uma sujeira e todas as sujeiras juntas fazem a música ficar estranha.

Outros tipos de correção tinham a ver com o ritmo porque nem tudo que vemos no filme é tão fácil de transcrever para partitura, ou de ser tocado tão precisamente (ainda mais com o prazo que o Luigi teve para compor as músicas para os 8 filmes ou com a gravação acabando à 1 da matina). Tivemos que esticar algumas partes ou atrasar outras para que os impactos musicais acompanhassem o timing definido na animação.