terça-feira, 13 de março de 2007

História Chata ou História Incompreensível?

Eu tenho tido alguns problemas quanto a minha história. O conteúdo tem que fechar até amanhã e eu ainda não sei ao certo o que o meu filme vai ser. O fato de estar trabalhando com formas muito básicas e minimalistas é mais complicado do que parece. Eu não quero que o filme seja chato, incompreensível ou clichê.

O problema é que quanto mais abstrato mais leituras diferentes terá mas também mais incompreensível será. Quanto mais figurativo mais clichê (vai parecer que eu não fui até o fim com toda a idéia do minimalismo). Quanto mais informação mais confuso. E por ai vai!

O fato é que fazer um filme sem personagens, sem piadas e beirando o incompreensível é um grande desafio e isso está me deixando doido. Talvez eu precisasse ter uns 80 anos pra fazer esse filme da forma certa.

Acaba que no fim do dia eu tento trabalhar as idéias mas tudo parece tão chato. Assim que estiver definido eu tento colocar o animatic aqui! Acho que eu to precisando mesmo é tomar umas drogas bem pesadas tipo: coca cola de estômago vazio ou red bull com aspirina.

Ufa!


Hoje todos nos reunimos com a Maral e a Torill. Eu fui o primeiro, a cobaia. Hehe. Estava um pouco nervoso, mas deu tudo certo. Desde quinta passada, eu me concentrei em repensar o meu roteiro, porque além de longo, algumas coisas não estavam claras. A idéia básica do meu filme é a de que dois caras se encontram no céu, presos a uma bexiga cada um. Eles ficam brigando por todo o espaço descomunal do céu, até que seus balões estouram e eles caem. A maneira com que os balões estouram foi muito discutida semana passada, além da duração do projeto. Mas o que estava pegando pra mim era a maneira que os balões estouram.

Eu gosto do jeito que está, mas resolvi tentar criar outras coisas... Criei uma versão da história com um carinha só, que brigava com pássaros, criei uma versão com um cachorro, e por aí vai. De qualquer forma, ainda acho que a primeira versão é a melhor. Então decidi bater o pé, e reduzir as ações ao essencial (Até porque é um filme de 30 segundos). Fiz um animatic, mas mesmo o animatic estava com um pouco mais de 30 segundos (36, exatamente), o que consistia em outro problema.

Mas a reunião de hoje foi muito tranquilizante. A Torill elogiou o uso dos balões de fala, falou que a idéia foi manipulada de uma maneira muito elegante, o que foi pra mim o maior tranquilizante que eu poderia ter. A Maral também disse que o projeto estava legal, que o ritmo no animatic estava bom, e que a idéia dos 30 segundos era mais pra gente desenvolver algo que pudesse ser apresentado nessa duração, mas que o resultado no final poderia ter menos ou mais, o que quer dizer que meus 36 segundos estão ok. Ambas deram uma sugestão para incrementar o final que eu gostei muito, e vou utilizar.

Cara, que bom... Eu estava muito desanimado. Primeiro você gosta da idéia. Depois você acha uma merda. Depois você perde o interesse. Eu estava mais ou menos assim... Isso não é saudável... Agora eu voltei a ter meu entusiasmo! Iupi! :)